Acabo de chegar da rua, são pouco menos que
cinco da tarde e o sol já se foi faz tempo dando oportunidade para que as luzes
das casas comecem a brilhar mais cedo. No ar, um cheirinho de bolachinhas
cobertas com chocolate, vinho doce, cravo e canela vindos do mercado de natal.
É “Christmas time”!
Sempre tive uma relação muito gostosa com o
Natal e cada vez que chega essa época revivo meus tempos de menina, quando a
casa ficava cheia e reencontrávamos primos e tios que só nos visitavam por essas
épocas, em virtude da distância em que moravam (que na época parecia ser maior
que hoje). Como eram gostosos esses dias, a criançada brincando na rua até
tarde, saindo para tomar sorvete às nove da noite com a cidade cheia de gente,
lojas abertas, shows, apresentações e claro o papai Noel distribuindo bala pra
criançada, coisas da maravilhosa simplicidade de uma cidade pequena. E no dia
24 então, a Missa do Galo com teatro encenando o nascimento de Jesus, dizem que
fui ele uma vez, no natal de 72. Depois da missa, todos na minha casa para a
ceia de Natal, mesa cheia de comidas gostosas e a gente jantando quase
meia-noite.
Essas recordações por uma época me deram certa nostalgia, primeiro foram meus avós que partiram, depois meus pais já não estavam conosco e eu comecei a passar meus Natais longe da família. Então, antes de começar a não gostar mais do Natal, resolvi dar um ressignificado a ele, criei meus próprios rituais a partir de minhas novas vivências e experiências com as tradições natalinas em países distantes, mas procurei manter como essência as reminiscências do meu passado.
Essas recordações por uma época me deram certa nostalgia, primeiro foram meus avós que partiram, depois meus pais já não estavam conosco e eu comecei a passar meus Natais longe da família. Então, antes de começar a não gostar mais do Natal, resolvi dar um ressignificado a ele, criei meus próprios rituais a partir de minhas novas vivências e experiências com as tradições natalinas em países distantes, mas procurei manter como essência as reminiscências do meu passado.
Hoje, elas estão todas aqui, junto com as
bolachinhas cobertas com glacê que minha mãe fazia para essas épocas, tradição
alemã que ela manteve para nunca esquecer dos seus tempos de menina. Também
vivo uma experiência diferente, saboreio o que via em filmes e livros e agora
entendo o que significa a letra da canção “ I'm dreaming of a white Christmas”.
Vivo a maravilha de ser a quem organiza a festa de Natal, de ver momentos
herdados da minha casa se misturando com delícias da infância do meu
companheiro, vivo a maravilha de ver o brilho nos olhinhos do filho quando
pouco a pouco uma grande árvore de Natal vai sendo montada na sala, filho que
foi o melhor presente que a vida nos deu.
Acho que eu devia ter uns cinco anos quando
descobri que papai Noel não existe e fiquei muito triste com isso. Minha mãe,
vendo minha carinha chorosa, carinhosamente me explicou que ele existe sim, mas
na nossa imaginação, e toda vez que eu fosse a responsável para organizar o
Natal de uma criança, ele voltaria a existir. Esse é o quarto nascimento de
Cristo que Adam comemora conosco, o primeiro ele estava ainda mais pertinho de
mim, dentro da minha barriga, e desde então eu voltei a acreditar em papai Noel.
Desejamos a todos que nos acompanharam nesse
último ano um Feliz Natal e um excelente Ano Novo, que as boas lembranças da
infância permaneçam sempre em nossos corações. Sairemos de férias nos próximos
dias, mas em janeiro voltaremos e o blog estará cheio de novidades.
Natal de 2010, nosso primeiro "White Christmas" !
Natal de 2011, "I'm
the happy elf" !
Natal de 2012, "Santa Claus is coming to town"!
Natal de 2013, participando do Adventskalendar da cidade!