Hoje
o dia foi de festa, mais um dia Internacional da Síndrome de Down se passou e
dentre tantas festividades e comemorações tivemos como acontece desde o ano
passado, a conferência anual da ONU, que nesse ano teve como tema o direito ao
trabalho. Nosso querido Breno Viola (judoca e ator) foi o principal palestrante,
mostrando que o Brasil, apesar das tantas dificuldades que ainda põe às pessoas
com SD, está no caminho certo. Muitos questionam o dia, ou perguntam para que
serve comemorar a síndrome de Down?
Apesar
da luta diária pelo respeito da sociedade, é no dia 21 de março que as
necessidades e conquistas de tantos portadores da síndrome (só no Brasil
estima-se em 300.000) fiquem em evidencia no mundo inteiro. Nesses mais de dois
anos pertencendo a essa grande família Down tenho sentido que o maior empecilho
de quem nasce com um cromossomo a mais não são as possíveis complicações de
saúde que este poderá desenvolver, para isso contamos com os avanços da
medicina que vem desenvolvendo tratamentos e medicamentos que conseguem
prevenir e tratar as enfermidades, elevando a qualidade de vida de 20 anos,
como foi no passado, para 60. O que mais dificulta a vida das pessoas com
trissonomia 21 é
o preconceito, a discriminação, o não respeitar, o não acreditar, o olhar de
pena.
Infelizmente
muitas crianças sofrem esse tipo de preconceito ainda em casa, com a família,
quando por não acreditarem que seus filhos são capazes os tratam como inválidos
e dependentes a vida inteira e não lhes dão a oportunidade de decidir seu próprio
caminho. Quando o mundo inteiro fala da síndrome, mostra conquistas, mostra a autonomia
de tanta gente, muitos pais passam a ver seus filhos de maneira diferente,
muitos futuros papais recebem a notícia de que seu filho terá síndrome de down
de maneira mais tranquila, menos traumática, muitas pessoas passam a olhar a síndrome
e as pessoas portadoras dela com admiração pelas tantas lutas e conquistas e essa mudança de olhar só
tem benefícios a trazer não só às pessoas com trissonomia 21, mas
principalmente a toda sociedade.
Um
exemplo foi o depoimento de um empresário norte americano do ramo de farmácias,
entrevistado durante o congresso em NY. A rede hoje tem 100 pessoas com SD em
seu quadro de colaboradores “...não é caridade – diz ele, comparei 400 mil
horas de trabalho e percebi que a produtividade é a mesma dos demais
trabalhadores, mas ele são mais atentos e fazem o trabalho de forma mais segura”. O Brasil também tem feito seus progressos, acredito que assim como
os Estados Unidos o número de jovens que têm oportunidade
de cursar uma universidade e entrar para o mercado de trabalho é bastante maior se comparado com muitos países europeus que
estão começando seu processo de inclusão nas escolas ou a oferta de trabalho
ainda é bastante restrita.
Depoimentos como esse podem abrir muitas portas no futuro e garantir mais e
mais espaço no mercado de trabalho a todos esses jovens (incluindo meu pequeno
Adam), afinal o que todos nos queremos é que a sociedade perceba que ser
diferente é normal.
Oi Deisy, bacana o texto... vivemos na mesma expectativa de vocês: sonhando com um mundo mais igualitário e menos preconceituoso em que a diferença seja legitimada, por ser algo normal... ninguém é igual a ninguém, mas somos iguais em direitos!!!
ResponderExcluirBeijo grande e espero que tenham tido um feliz 21 de março, por aqui foi muito valioso!
E isso aih Vaneska, acredito que a inclusao no Brasil esta num bom caminho, nos brasileiros temos uma mente aberta e um espirito livre,aceitar o novo nao eh facil, mais ainda conseguimos mais rapidamente. Aqui na Alemanha a inclusao ainda esta na fase de implantacao e dos questionamentos, lei que eh bom ate agora nada, mas vamos acreditando, um passo a cada dia sem perder o caminho, sempre. beijos.
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